O Pentágono anunciou hoje que os Estados Unidos planeiam enviar 400 soldados e duas baterias de mísseis Patriot para a Turquia para amenizar os efeitos no país dos confrontos entre regime e oposição na Síria.
Esta é a primeira vez que os Estados Unidos participarão directamente no conflito sírio, ainda que seja na patrulha preventiva das áreas de fronteira da Turquia, que é membro da NATO. No início do mês, a aliança ocidental aprovou o envio dos Patriot para a região.A ordem foi assinada pelo secretário de Defesa, Leon Panetta, antes do seu avião chegar à base norte-americana de Incirlik, no sul da Turquia.
«A intenção desse destacamento é assinalar fortemente que os Estados Unidos estã a trabalhar juntamente com os nossos aliados da NATO para ajudar a defesa da Turquia, especialmente com ameaças potenciais vindo da Síria», disse o porta-voz do Pentágono, George Little.
Nos últimos dois meses, a Turquia sofre com bombardeamentos diários vindos da Síria em cidades fronteiriças. O mais grave foi no início de Outubro na cidade de Akçakale, em que cinco pessoas morreram.
Tal desencadeou uma série de represálias turcas contra o regime sírio, como tiros de resposta a bombardeamentos até ao bloqueio de aviões destinados ao país. Em Novembro, o governo local pediu à NATO a colocação de mísseis Patriot na região.
A informação é revelada dias após os Estados Unidos afirmarem que o regime de Bashar Assad lançou uma série de mísseis Scud, os mais destruidores no poder de Damasco, para conter o avanço dos rebeldes.
Desde o início dos confrontos na Síria, em Março de 2011, Washington colocou-se do lado contrário ao regime de Bashar Assad, mas nunca interferiu militarmente na região. Em 20 meses, mais de 40 mil pessoas morreram no conflito, segundo activistas.
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=606639
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